https://www.youtube.com/watch?v=lKWwIg8QMUo
Soraya Cristina Dias Ferreira*
RESUMO
Nossa comunicação propõe
apresentar itinerários de pesquisa acadêmica, ressaltando pontos relevantes que
marcaram a história da Psicologia Profunda e da Fenomenologia. A Psicologia
Complexa de Carl Gustav Jung nasce como resposta ao cumprimento do seu processo
de individuação, que, ao se deparar com o inefável e com a práxis de uma Psicologia
sem alma, busca novas chaves de compreensão para natureza da energia
psíquica humana. Conciliando vida e obra, o autor nos deixa diversos
aprofundamentos, nos quais a pergunta sobre a origem do ser humano psíquico se
depara com a busca pelo “Sentido do seu Ser” e este percebe-se — em seu centro
mais profundo — tocado pelo numinoso. Seguindo nosso itinerário de
pesquisa, primeiramente, no mestrado, buscamos compreender que o distanciamento
de Jung da teoria Psicanalítica de Sigmund Freud se dá como resposta ao seu
contínuo aprofundamento sobre as dimensões da vida simbólica, em interfaces que
revelam possibilidades de aproximação do humano com o Selbst/Totalidade
Psíquica. O autor, já conceituado pelas suas pesquisas e atuações clínicas, encoraja-se em sua autoexperimentação/descida ao
Inconsciente. Seu vasto percurso, que também concilia estudos
transdisciplinares, o leva a criar o conceito de Inconsciente Coletivo, nos confirmando,
assim, que a alma é Naturaliter Religiosa. Em um segundo momento, nossa
pesquisa doutoral, emerge da provocação de pensarmos sobre sua afirmação de que
a consciência nasce do inconsciente. Buscamos, então, analisar o que Jung
denomina ser sua fenomenologia empírica da psique, conciliando-a com reflexões
epistemologicamente diferentes, cuja orientação é a primazia da consciência.
Deparamo-nos, pois, com o pensamento de Edith
Stein-Teresa Benedita da Cruz, que, ao aderir à fenomenologia de Edmund Russel
como forma de escavação da estrutura humana em formação, transita em escritos
espirituais, metafísicos e místicos, nos confirmando que a atenção dada à vida
interior nos leva ao reconhecimento do Núcleo identitário e pode nos levar à
experiência do Arquétipo Divino, que nas
profundezas desse Núcleo/da alma da alma faz morada. Para chegarmos à
hipótese de que em um centro mais profundo Deus habita, percorremos nos
escritos de ambos os autores, fecundos estudos, nos quais vida e obra nos
proporcionam escritos maduros, neles desvelamentos importantes sobre a
interatividade do humano (microcosmo) nos mistérios que permeiam sua interação
com o (macrocosmo) nos fazem chegar à verdadeira Mística. Para confirmar esse itinerário investigativo, que
coloca em pauta o humano desperto para sua máxima interioridade, escolhemos
trabalhar com o método analítico, pautado em pesquisas bibliográficas, no
departamento de Ciências da Religião da PUC Minas, área de concentração:
Religião e Cultura; linha de pesquisa: Pluralismo Religioso, Diálogo e
Linguagem e Subárea da Capes: Epistemologia das Ciências da Religião.
Palavras-chave: Jung.
Imagens Arquetípicas. Edith Stein-Teresa Benedita da Cruz. Núcleo identitário.
Arquétipo Divino.
* Psicóloga Clínica,
Professora e Pesquisadora. Doutora em Ciências da Religião com pesquisa
financiada pela CAPES e PUC Minas. Mestra em Ciências da Religião e
Especialista em Psicologia Analítica Junguiana pela PUC Minas. E-mail:
sorayacdferreirapb@gmail.com
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